13/10/2014

Semana das crianças 2014...

Já há muito tempo, nossa lei (entre adultos e não, jamais, escrita) é: enquanto não vemos sangue, não interferimos. Ok? Ok. Mas, claro, que isso fraqueja sempre, quero dizer: às vezes.  
Dito isto... Estavam Nina e Maya brincando, a brincadeira virou briga e abriga virou agressão. Eu ouvia tudo de outro cômodo, mas não interferi, segui forte na minha atividade, fazendo de conta que não precisavam de mim, para que (em nome do bom desenvolvimento individual) vocês encontrassem "a saída" sozinhas.
Então ouço um grito e uma criança chora. Levou uma mordida forte. Quem deu? Maya. Nina, no caso, a vítima, chorava de olhos arregalados. Eu esperei o desepero passar para entender, enquanto dava bronca. 
Desinfeta a área, da colo pra criança, faz o almoço...e uma hora depois, senta a mesa para comer.
A mais nova pede a palavra: eu queria dizer que fiz isso porque o papai sempre diz que quando agente se machuca, fica mais forte. Então queria ajudar minha irmã a ficar mais forte! Desculpa...
Respiro fundo e esxplico(enquanto mando o marido praquele lugar, em pensamento) que, há uma diferença entre se machucar acidentalmente e tirar uma lição disso é se fortalecer e ser vítima de uma pessoa maluca e ficar com raiva dela... Ela (acho) entende e seguimos com a vida.

Os cachorros vizinhos latem enfurnados, por causa do vizinho velhote que passeia cedíssimo com seu buldogue, igualmente velho, a passos de tartaruga toda manhã...acordo e já começo "a atividade" na maior energia. Sinto frio e subo no quarto para me vestir melhor, chega Maya na maior animação gritando:" viva o dia das crianças" e realizo que não é segunda-feira, ainda estamos no domingo.
Uns amigos chegam, fazemos coisas juntos e quando vão embora ela chora muito. Queria ter ido na casa deles a qualquer custo, não importando as promessas de rica programação para o resto do dia. Entendendo que a crise não vai passar, faço a pergunta:por que é tão importante, para vc, ir lá?
E ela: por causa dos livros, mamãe! Eles têm livros muito bons e diferentes dos nossos.

Sim, nessa hora meu coração derreteu, saiu do meu corpo e deu um abraço muito apertado nela.
Tudo bem minha filha, você é incrivelmente apaixonada por livros e isso é O MÁXIMO! 
Então, compro dois buquês de flores para elas na feira, saímos para curtir a programação cultural dedicada ao dia das crianças (na verdade não conseguimos chegar a nenhum dos eventos da lista no tempo certo, mas acabamos curtindo o pula-pula de uma festa popular na esquina de casa) e um livro bacana para cada uma. Acho que por hoje, o dia foi salvo, mais uma vez
Love you, girls! Really!!

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