23/09/2010

Wrestling e Castigo

Minas filhas sao lutadoras.
Nao no sentido de guerreiras (embora tambem  tambem parecam estar se tornando), mas de serem chegadas à uma lutinha...
Volta e meia e por longos periodos, pego as duas numa vibe wrestling no sofà, o palco preferido.
No final sempre rola um choro, mas nao por machucados. Pelo classico da briga feminina: puxao de cabelo!
Nao posso me esquecer de que sou a mae e a adulta da historia e tenho que reprimir o riso, louco para estourar boca afora. Entao parto para defensiva com um quase imparcial " meninas, cuidado", "Maya nao faça isso"," Nina, aprenda a se defender".
Se a Nina acredita piamente ser uma princesa, Maya nao tem nenhuma duvidas sobre ser uma gangsta-girl. Espero que essas certezas mudem com o tempo...
Maya aprendeu a dizer: aqui, beleza e que legal!, obrigada e de nada, Nina e tchau tchau. Acho que nos aproximamos à uma comunicaçao completa, nao?

20/09/2010

Livros

esse fim de semana choveu muito e nòs aproveitamos para por ordem na casa. No sabado fiquei sozinha para reorganizar uma coisas e o super-pai foi com as duas até a biblioteca. Fizeram até o cadastro e as meninas amaram ficar la.
Minhas baixinhas adoram livros e eu fico orgulhosa disso!

15/09/2010

Mais humor nessa vida

As noites tem sido agitadas em Boccacciolandia... Nina tem medo do escuro, Nina tem medo da porta fechada, Nina quer cafuné, quer mais cafuné e quer agua... Nina acorda no meio da noite, Nina vem sorrateira na cama dos pais, Nina se mexe pra caralho caramba e chuta os pais o resto de sono que queriam dormir.
Maya, incrivelmente, dorme. Pernas e braços abertos, respiraçao calma... soa como uma bica sò de encostar numa coberta, por mais leve que seja. Apetite voraz? Sò de manha, quando acordar, irritantemente bem humorada.
Entao quando o relogio toca e é hora de levantar, ela fica mal-humorada, sua mae, que nao dormiu nadinha fica mais mal-humorada, seu pai que é uma pessoa equilibrada continua equilibrando e Maya sorri e ri para todos.
Depois de ter que convencer  a chatonilda à: ceder o espaço no colo para que eu pudesse amamentar a irma, devolver o biscoito para a irma, por essa ou aquela roupa, andar e nao ser pega no colo, para de choramningar por almenos alguns segundos, fico achando que: Parece que ja é meio-dia; quero chorar tambem e quero um pouco mais de bom humor nessa vida.

14/09/2010

Instituiçao

Hoje foi o primeiro dia de aula da Nina. Ela começou a prè-escola, ou "Scuola Materna".
Nao dormi direito, acordei cedo e parecia mae de miss.
Arrumei a mochilinha com a troca de roupa, a escova de dente e o creme dental, a roupa que ela usaria, o aventalzinho rosa-mais-que-fofo-comprado-ha-mais-de-um-mes, etc...
Fomos eu e ela. Maya ficou com o Sergio e depois com os avòs. Aqui se usa fazer o inserimento aos poucos, apara a crianòa nao chocar.
Ela estava tao feliz por estar com uma roupa rosa, por ter ganhado o coraçao como seu simbolo identificador, pelo sol estar lindo brilhando e por ter brinquedinhos fofos na sala de aula, que entrou sem nem me dar tchau (ta, doeu, mas foi otimo! Fiquei super feliz e orgulhosa).
O trato entre a escola e os pais é de que as crianças ficaram até as 11°° e que nòs ficassemos nas dependencias da escola.
Levei toalha, para sentar em cima, caneca com cha, biscoitos e livro. O povo ficou com uma invejinha da minha preparaçao e amargaram o pè de uma arvore encolhidos.
Meninas da escola primaria ao lado puxaram papo comigo e fizeram amizade interessadas nos meus sapatos e cinto. Enfim: mulherzinhas, desde ja...
A Nina fez coco na calcinha( eu ja esperava), mas se divertiu muio e ficou super feliz em me ver, na saida.
Fomos encontrar a avò e a Maya e esta decidiu dar um presentinho para elas: sapatos.
Nina tem dois (2!) sapatos novos para o inverno(sem contar o par de Melissas que ganhou no Brasil). Agora a Maya tem uma botinha vermelha de verniz apropriada para os primeiros passos, que é um luxo.Quando fomos ao parque ela, com a ajuda de um brinquedo andador, deu seus primeiros passos(LINDA!!!) naquela coisa chamativa, eu achei hilario, ela achou o maximo!
Alias, ela é um terror! Eu cansei horrores, brincando no parquinho. A pessoa tem cara de anjo e olhar de peste, tenta roubar o brinquedo de toda e qualquer criança; empurra, grita e arranha para defender oque é seu; sobe, escala e pula de quase todos os brinquedos e desce do escorregador de dois metros de ponta cabeça rindo louca e deliciosamente. Eu briguei quando devia, puxei a orelha  e me diverti tambem. Mas a impressao que fica é que ela nao esta nem aì para a opinia alheia.... para o bem ou o mal. Oremos...

Tirando o atraso, contando os causos

Voltamos de viagem.
E a viagem foi uma delicia!
Ver voces, meninas, se jogando com vontade na areia da praia, embevecidas com aquela imensidao; se comunicando com todos, comendo e bebendo da "minha comida", da minha terra, da minha gente: foi TUDOOO!
Houveram momentos hilarios, semi-dramaticos e fofos.
Todos os momentos divertidos ficam por conta da maya, que parece uma grande piadista da vida.
Nina se encarrega dos dramaticos. A pessoa nao me some na praia de Ipanema, num sabadao de sol? Pois é...
A maré estava formando ondas altas e foi formando uma piscina ja no meio da areia, entre as pessoas. Foi um prato cheio para a meninada se esbaldar. O dia ia correndo bem e minha observaçao me fez notar que danada, como de costume, nao molhava da cintura para cima. Quando o sol ja tinha torrado todo mundo, fui decidida em sua direçao, com a Maya no colo e molhei costas, ombros e cabeça. Pra que... a bichinha começou à gritar e se enfuriar contra mim. Eu fiz um chamego e limpei o rosto da outra ( comedora de areia que é, estava toda arenada). Bastou esse momento: abaixar molhar a mao e passar no rosto da pequena-pequena, para a pequena-media sumir. Olhei em volta e nao vi, olhei na diraçao do pai e nada. O chao foi sumindo debaixo dos pès e eu sò tive uma reaçao: gritar para ele que a malinha tinha sumido. E aì entra a maravilhosa solidariedade do povo. Todos os que estavam à nossa volta se puseram à procurar a criança. Minhas forças se concentraram em nao me deseperar para conseguir olhar para os rostos e ver. Porque o nervoso era tanto, que eu começava a nao identificar os traços dos passantes e nao queria perde-la se passasse diante dos meus olhos.
E todos se empenharam tao bem, que nao fomos nòs que a encontramos. O panico durou uns 5 minutos.
A cena da chegada parecia uma procissao: ela nos ombros de um senhor e uma caravana em volta. Foi comico; se nao tivesse sido tragico...
Consoco na praia, haviam amigos e entre eles uma amiguinha (Valentina), com quem saimos tambem a noite. E o grude foi tanto que a mae dela convidou nossa filha para dormir na sua casa, ao que a Nina comemorou como um fanatico comemora um gol. Deixamos, apreensivos, ja pensando na possivel ligaçao às 3:30 da manha, etc...
Mas foi tudo super bem. Dormiu, acordou de manha, brincou e deixou cair o coco na calcinha assim que tocamos a campainha. Esse alias é motivo para outro post.
A volta para casa foi um massacre( para nòs). Para as meninas foi um deleite: dormir, comer e ver desenhos.
E que venham as proximas.