04/03/2010

Caminhando contra o vento

Maya esta em uma nova fase: tentar se expressar através dos nossos sons. Mil bolhas de saliva, milhões de litros de babas e tantas quantas letras soltas e algumas silabas frouxas depois, o resultado è: risada! E vira aqueles zoim fofíssimos e torce a boca num jeito que ela e seu pai-super-gato sabem fazer e meu coração pula!
Amanha, pela primeira vez, deixaremos as duas em casa. Virà uma babysitter. Teremos um casamento para ir e para tal operação, foi preciso um treino: tirar leite e faze-la habituar-se à mamadeira( para o caso de acordar e eu nao estar aqui) e isso tem sido uma aventura. mas tem dado certo. A noite quando o marido volta pra casa, ele dà o leitinho e hoje foi o sucesso mais sucessozo de todos, 230ml!
A tosse horrorosa nao cede... alias sou a unica a nao ter sido contagiada por aqui... shit happens.

Nina decidiu que nao usa mais o carrinho-passeggino. Pelo menos por esses dias. E apesar do 0,5 km/h de caminhada, tem sido divertido.
Simos ontem à tarde para pegar o sol lindo que estava fazendo. Minha ideia era: ir atè o centro e encontrar outras crianças para brincar. Ja na largada, meu plano furou quando A) ligando para algumas amigas-mamaes soube que todas já estavam ocupadas, entao teríamos que nos contentar com crianças passantes na pracinha ;B) minhas filhas com fortes tendencias naturistas se recusaram à se vestir por bons 15 minutos ( sim a Maya ja se rebela...aqueles pezinhos dançam freneticamente e o tronco se contorce feito verme na areia quente com gritinhos agudos de doer) e depois a Nina quis escolher seu figurino (sim ela faz isso, muitas vezes, demasiadas) e C) quando a Nina se recusou à subir no carrinho e decidiu muito decididamente (ela ta ficando booooa nisso...) que iria à pé.
Saimos de casa às 16:30, oque ja nao é bom sinal, para quem em pleno inverno pretende usufruir da luz do sol, por mais de meia hora... e a viajem à passo de tartaruga começou. Chegamos ao centro 1h e 10m mais tarde, paramos para um sorvete (ela se plantou em frente à sorveteria) e tudo oque pude ver foi uma faixa lilàs na linha do mar e a lua là no céu ainda nao totalmente escurecido. Nao tivemos que nos contentar com uma criança-passante-totalmente-desconhecida, pois vimos uma mae semi-conhecida- Sabine- com seu filhote gatinho- Zeno- [Ninaaaaa : esse aì pode entrar na lista de futuros bons paqueras, logo depois do Jan ;-) ]
Bom, hoje a coisa meio que quase se repetiu: Fomos ao supermercado, nao sò demoramos uma eternidade para percorrer uns 250m como na seçao biscoitos... Chaaaaaato. E na volta foi a apoteose: tava um vento geladerrimo e ela se rebelava contra ele gritando cada vez que ele batia em seu corpinho" Vento saaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaai"" . Eu fiquei entre emocionada, divertida e orgulhosa. Se pra mim aquele frio-vento-marvado é dificil de combater, imagina pra esse cotoco de menos de 1m de altura! E la ia ela toda guerreira tentando andar mais rapido, ignorando tudo oque mais a atrai durante a caminhada: sujeira, sarjeta e poças de agua. Maya tinha virado um pedaço de si, encolhida no meu colo, dentro da faixa, com o joelho no peito e o rostinho enrugado. Nina, por duas vezes parou e implorou "mamae me pega!", ja sabendo que nao era possivel, sua maezinha ja tinha Maya, bolsa e compras nos braços. Se resignou e foi enfrente.
Minhas filhas a vida é assim.

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